Lucio Fontana

Lucio Fontana (1899–1968) nasceu em Rosario de Santa Fé, na Argentina, e foi criado em Milão. Ele voltou para a Argentina em 1922, trabalhando como escultor no ateliê de seu pai por vários anos. Em 1926, seu trabalho foi mostrado na primeira exposição de Nexus, um grupo de jovens artistas argentinos. Quando voltou a Milão em 1928, Fontana estudou na Academia di Belle Arti di Brera. A sua primeira exposição individual teve lugar na Galleria Il Milione de Milão em 1931. Em 1935 foi para Paris, juntando-se ao grupo Abstraction-Création. Em 1939, passa a integrar o Corrente, grupo de artistas expressionistas radicados em Milão, intensificando as colaborações com arquitetos. Em 1940 mudou-se para Buenos Aires, onde fundou, com alguns de seus alunos, a Academia de Altamira em 1946, da qual surgiu o grupo Manifiesto Blanco. Retornou a Milão em 1947 e, junto com um grupo de escritores e filósofos, assinou o Primo Manifesto dello Spazialismo. O ano de 1949 marca uma virada na carreira de Fontana, quando cria sua primeira série de pinturas em que perfura a tela com buchi, pequenos orifícios. No início dos anos 1950, ele participou de exposições da Art Informel italiana. Nesta década, explorou o trabalho com efeitos diversos, como corte e perfuração, tanto na pintura como na escultura. O artista foi para Nova York em 1961, onde seu trabalho foi exposto na Martha Jackson Gallery. Em 1966, ele desenhou cenários de ópera e figurinos para o La Scala de Milão. No último ano de sua carreira, Fontana interessou-se pela encenação de sua obra nas inúmeras exposições que o homenagearam em todo o mundo. Fontana morreu em 1968 em Comabbio, Itália.